As primeiras salas de aula no Brasil foram criadas logo após a chegada dos jesuítas, no século 16. Os padres eram os professores e os índios os alunos. Apenas os meninos podiam estudar e o objetivo principal era ensinar os fundamentos da religião católica.
Só em 1774 é que surgiram as primeiras escolas públicas do país. A vinda da família real para o Brasil ajudou a impulsionar o ensino. Com a proclamação da República, o governo federal ficou responsável apenas pelo ensino na então capital Rio de Janeiro. Cada estado desenvolvia seu projeto educacional de forma autônoma, mas o acesso à escola era um privilégio restrito aos mais ricos.
É a partir de 1930 que surgem as reformas educacionais mais modernas. Assim, na emergência do mundo urbano-industrial, as discussões em torno das questões educacionais começavam a ser o centro de interesse dos intelectuais. E se aprofundaram, principalmente devido às inquietações sociais causadas pela Primeira Guerra e pela Revolução Russa que alertaram a sociedade para a possibilidade de a humanidade voltar ao estado de barbárie devido ao grau de violência observado nestas guerras. Com o Decreto 19.402 de 14 de novembro de 1930, foi criado o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. O Ministro Francisco Campos reformou o Ensino Secundário (Reforma Campos), criando os Exames de Madureza.
O Decreto 19.850 de 11 de abril de 1931 organizou o Conselho Nacional de Educação e a Constituição de 1934 deu-lhe a incumbência de criar o Plano Nacional de Educação. Em 1932 alguns intelectuais brasileiros como Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira, dentre outros (no total de 26), assinaram o "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova".
Desse modo, os intelectuais voltaram sua atenção para a educação, uma vez que, pretendiam contribuir para a melhoria do processo de estabilização social. Não demoraram muito a declararem a insuficiência da pedagogia tradicional diante da exigência do mundo moderno, capitalista, concluindo que as instituições escolares deveriam ser atualizadas de acordo com a nova realidade social e acessíveis para todos.
Fonte: EBC
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