O grande número de assassinatos de policiais e a falta de perspectivas para o enfrentamento do aumento da violência foi debatido por autoridades da área de segurança e diretos humanos. Nos primeiros dias de 2017, já foram quase 30 policias baleados, sendo que já somam 15 mortes.Com a presença do Coronel Ibis Silva Pereira, ex-comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro. De Margarida Pressburger, representante do Brasil no Subcomitê de Prevenção à Tortura das Nações Unidas (ONU). Marcelo Chalreo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, do fundador da instituição de direitos humanos ComCausa da Baixado Fluminense, Adriano Dias. O debate foi promovido pela Rádio Nacional nesta segunda (24) e teve a participação do deputado Paulo Ramos por telefone, que promoveu em 2016 a CPI da sobre a morte de policiais na ALERJ.
No debate, o Coronel Ibis Pereira, demonstrou preocupação: “não vejo saída a curto prazo”, e prevê aumento da violência considerando a situação do governo do Estado e a não responsabilização do governo federal sobre uma política de segurança que reduza mortes.
Os doutores Marcelo Chalreo e Margarida Pressburger, atual e ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB atribuíram a falta de uma política para rever o proibicionismo sobre as drogas e citaram experiência em outras cidades onde houve redução da violência.
O deputado Paulo Ramos, que também é Major da PM, atribuiu à desconstrução da importância da Polícia Militar desde a década de 1980. O que foi rebatido por Adriano Dias da ComCausa, segundo o mesmo, a falta da aplicação de ações de prevenção é que propiciam o estado de violência atual. “Vai continuar morrendo policial sem não houver investimentos de políticas sociais e econômicas por parte de o poder público”, firma Adriano.
Os números são alarmantes, no ano passado 111 policiais morreram somente no Rio de Janeiro. Cerca de 390 foram baleados, sendo maioria eram policiais militares, 363 – um dos PMs era de Roraima, cedido à Força Nacional de Segurança. Das outras policias, 22 eram policiais civis, 4 eram policiais rodoviários federais e 1 era policial federal. Destes, 233 estavam de serviço, 132 estavam de folga, 21 eram reformados, 2 eram aposentados e 1 era recruta. Outro número que chama atenção é o dos atingidos em áreas pacificadas, 136 policias.
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