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Assassinado militantes do MST


Acampamento Dom José Maria Pires fica localizado em fazenda na cidade de Alhandra — Foto Lídia VelosoArquivo Pessoal.

Dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na Paraíba, José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino foram mortos por homens encapuzados e armados na noite de sábado, dia 08 de dezembro no acampamento Dom José Maria Pires, na cidade de Alhandra, na Região Metropolitana de João Pessoa.

Clima de muita tensão e revolta no acampamento Dom José Maria, em Mata Redonda: "Está evidente que o caso é grave porque tem características de ação planejada no mesmo dia em que no Sul assentamentos foram queimados" – afirmou um líder sindical.

A direção do MST Paraíba divulgou a seguinte nota sobre o assassinato de dois militantes:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-PB) perde nesta noite de sábado (08) por volta das 19:30 dois militantes: José Bernardo da Silva, conhecido por Orlando e Rodrigo Celestino. Foram brutalmente assassinado por capangas encapuzados e fortemente armados. Isso demonstra a atual repressão contra os movimentos populares e suas lideranças. O ataque aconteceu no Acampamento Dom José Maria Pires, no município de Alhandra na Paraíba. Área da Fazenda Garapu, pertencente ao Grupo Santa Tereza, ocupada pelas famílias em julho de 2017.

Exigimos justiça com a punição dos culpados e acreditamos que lutar não é CRIME. Nestes tempos de angústia e de dúvidas sobre o futuro do Brasil, não podemos deixar os que detém o poder político e econômico traçar o nosso destino. Portanto, continuamos reafirmando a luta em defesa da terra como central para garantir dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.

Justamente dois dia antes das comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, são assassinados de forma brutal dois trabalhadores Sem Terra. Neste sentido, convocamos a militância, amigos e amigas, aos que defendem os trabalhadores e trabalhadores, denunciar a atual repressão e os assassinatos em decorrências de conflitos no campo.

Solidariedade à família de Orlando e Rodrigo.

A delegada do caso, Lídia Veloso, relatou que o crime é tratado, a princípio, como execução, porque os atiradores mandaram as outras pessoas se afastarem e atiraram somente nas duas vítimas. "Falaram que queriam só eles, mandaram os outros saírem do meio, renderam e atiraram. Por isso trabalhamos com execução", explicou. Lídia Veloso também comentou que as motivações do crime seguem em investigação, mas adiantou que não se tratou de briga de bar.

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