![Audiência Pública valorização dos Jongueiros](https://static.wixstatic.com/media/985785_d137a92a24d7418e8d40899949a4d786~mv2.jpg/v1/fill/w_800,h_533,al_c,q_85,enc_auto/985785_d137a92a24d7418e8d40899949a4d786~mv2.jpg)
A Comissão do Trabalho, Seguridade e Legislação Social, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou no dia 02 de setembro a audiência pública ‘Jongueiros: Território, Identidade e Tradição’, para ampliar o debate sobre as políticas de valorização, reconhecimento e fortalecimento dos jongueiros e das jongueiras. O debate aconteceu na Casa do Jongo, na comunidade da Serrinha, em Madureira, na Zona Norte do Rio, tendo sido promovido pela Comissão, que é presidida pela deputada Monica Francisco.
“A cultura é fonte de trabalho e renda. O jongo é um patrimônio imaterial, mas esse patrimônio depende exclusivamente dos jongueiros, que são os trabalhadores para manter esse lugar de memória, de preservação da herança africana. Nosso objetivo ao realizar essa audiência é fortalecer esses trabalhadores, para potencializar o jongo, para preservar a cultura, para que haja troca geracional, para que as crianças negras que vivem na comunidade conheçam suas origens. Para que haja respeito aos mais velhos, para que a memória do nosso povo seja respeitada”, explica Mônica Francisco.
A presidente da Comissão do Trabalho ainda ressaltou a importância de realizar a audiência fora dos salões da Alerj: “Os espaços de decisão, onde se constroem as leis, precisam estar cada vez mais perto da população, cada vez mais perto das comunidades”.
A deputada federal Benedita da Silva apontou que nesse momento, em que os recursos estão sendo cortados, o jongo é um símbolo de resistência, sendo a Serrinha uma referência: “Renovamos nosso compromisso com o jongo, pois esse ritmo, essa dança, faz parte da história do Brasil, além de um resgate cultural, religioso e político, o jongo é um resgate social.
Entre falas, batidas de tambor e palmas cadenciadas, os jongueiros fizeram pedidos de apoio e de políticas públicas que garantam a sobrevivência do jongo, considerado patrimônio imaterial da humanidade pelo IPHAN, desde 2001. Eles receberam das três parlamentares o compromisso de pensar alternativas e uma legislação efetiva que garanta direitos para os jongueiros, sobretudo dos chamados mestres, os mais idosos, responsáveis pelo ensinamento da tradição do jongo.
Participaram do evento, além da deputada Mônica Francisco, as deputadas federais Talíria Petrone e Benedita da Silva, presidente da Comissão de Cultura da Câmara Federal. Representando a Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, a coordenadora de patrimônio Tania Amorim, e Leon Araújo, representando o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). Além do Jongo da Serrinha, estavam presentes o Jongo do Quilombo de Santa Rita do Bracuí, de Angra dos Reis, o Jongo de Pádua e de Barra do Piraí, do Sul Fluminense.
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