Familiares das vítimas decorrentes de ações policiais no estado a criação de um fundo de reparação econômica como forma de subsistência. Eles foram recebidos pela vice-presidente da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputada Mônica Francisco, no auditório do prédio anexo ao Palácio Tiradentes.
Para representar a dor sentida pela perda de seus entes queridos, familiares exibiram fotos e cartazes das vítimas. Eles disseram que jamais receberam amparo do governo. “Essa reparação econômica é nosso direito e não é para conforto e luxo. É para sobreviver, cuidar na nossa saúde”, disse Ilsimar de Jesus, representante da Rede de Mães e Familiares da Baixada Fluminense em tom de desabafo.
Ana Paula Oliveira, representante do movimento Mães de Manguinhos, pontuou que as mães precisam o mais rápido possível de um olhar do poder público para quem sabe amenizar o sofrimento. “Já perdemos muitas mães que morreram de tristeza após o falecimento de seus filhos”, disse Ana Paula, que há cinco anos teve o filho morto com um tiro nas costas durante operação policial.
Ao final da audiência Ana Paula leu, muito emocionada, uma carta dos familiares vítimas da violência para o estado, entregue esta semana no Ministério Público (MP-RJ).Também participaram da audiência diversos representantes de entidades a favor da justiça racial e contra violência em comunidades.
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