Futuro da Indústria Nuclear será debatido na Baixada
- Adriano Dias
- 7 de nov. de 2017
- 2 min de leitura
ACIAPI promoverá Fórum de Desenvolvimento sobre o Futuro da Indústria Nuclear.
No dia 29 de novembro a cidade de Itaguaí será sede de um debate estratégico para matriz energética nacional, mas principalmente para a recuperação econômica do Rio de Janeiro. O futuro da Indústria Nuclear é o tema do Segundo Fórum de Desenvolvimento da ACIAPI - Associação Comercial e industrial Agro Pastoral de Itaguaí.
Após encontro realizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, na Assembleia Legislativa (Alerj), que abordou as expectativas da indústria fluminense em com a retomada dos investimentos em Angra 3, a construção de um submarino nuclear pela Marinha em Itaguaí, a geração de empregos, o papel da engenharia e os desafios de formação de mão de obra para esse setor. A ACIAPI, através de seu vice-presidente Tadashi Tani, entre outras entidades e movimentos sociais da região, como a ONG ComCausa, entre outros, levarão este debate para a região que será a mais beneficiada com o retorno destes investimentos.
Segundo Tadashi Tani, Vice Presidente da ACIAPI, “serão convidados representantes de outras instituições para compor o debate e sensibilizar os governantes Estadual e Federal, no sentido da retomada da indústria nuclear para a recuperação econômica fluminense” – e conclui – “É inadmissível que os recursos que já foram aplicado na ordem de 8 bilhões de reais sejam perdidos! A Usina inacabada de Angra 3 não é uma “barraca de camping” pois, o desmonte de suas estruturas gerariam um gasto de 12 bilhões de reais, já sua conclusão teria um investimento de na ordem de 17 bilhões de reais.
Além das associações da cidade, como a Câmara de dirigentes de lojistas da (CDL – Itaguaí), Associação dos Contadores de Itaguaí (ASCONTI), entre outros, serão convidadas instituições de toda a região de entorno de Itaguaí.
Segundo o segundo Vice Presidente da Alerj, deputado André Ceciliano. “Buscar alternativas para a crise é um dos focos do Parlamento. A indústria nuclear tem uma forte representatividade no estado, com impacto direto na geração de empregos e impostos em diversos municípios” - e finaliza - “O setor nuclear no Rio é um novo pré-sal, não tenho dúvidas. Nós temos a possibilidade de ter mais de trezentas empresas trabalhando em torno do submarino nuclear de Itaguaí”.
O Presidente Celso Cunha da ABDAN - Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares, afirma que “o Rio de Janeiro arrecada cerca de 179 milhões de reais por ano com o ICMS da indústria nuclear, valor que poderia subir para 240 milhões com conclusão de Angra 3. O investimento em energia nuclear é uma opção para sofisticar e diversificar a indústria do Rio, tornando o estado menos dependente em relação à indústria do petróleo e do turismo”.
Para o Presidente da ONG ComCausa, professor Alexandre Paiva, “a maior preocupação nossa é a geração de emprego e renda na região que teve em seus moradores o impacto maior da crise financeira do estado”.
O encontro será aberto para toda a população e acontecerá em março, em data a ser confirmada, na Câmara Municipal de Itaguaí, Rua Amélia Louzada 277 – Centro.
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