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João Cândido um herói nacional


João Cândido um herói nacional

A Casa da Cultura, juntamente com a sociedade civil organizada, apresenta esse Manifesto com o objetivo de TORNAR JOÃO CÂNDIDO HERÓI NACIONAL!

Estivemos em encontro no dia 14 de dezembro de 2018, na Casa da Cultura da Baixada Fluminense para discutir sobre o Projeto de Lei em referência, decidimos Manifestar o nosso irrestrito apoio ao pleito, objeto desse Projeto de Lei, que ora segue tramitando no âmbito do Senado Federal e versa sobre a Inclusão do nome de João Cândido Felisberto no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria. O referido Livro encontra-se no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Tal honraria, destina-se ao registro perpétuo do nome dos brasileiros e brasileiras que tenham contribuído para a maturidade e engrandecimento da Nação, para a sua defesa e construção com excepcional dedicação, conhecimentos e heroísmo. E, só pode ser prestada depois de 50 anos da morte do homenageado (a), exceto se esta ocorrer em campo de batalha. Sendo, João Cândido Felisberto, conhecido por vários escritores, historiadores e admiradores como o Almirante Negro, líder da Revolta da Chibata, na revolução de 1910, deu visibilidade e fim às punições físicas a que eram submetidos os marinheiros, como as chibatadas, o uso da santa-luzia e o aprisionamento em celas destinadas ao isolamento. Apesar de a Abolição da Escravatura no Brasil já ter acontecido em 1888. Os marinheiros requeriam também uma alimentação mais saudável e que fosse colocada em prática a lei de reajuste de seus honorários, já votada pelo Congresso. De todos os pedidos requeridos, o que mais afligia os marujos eram os constantes castigos a que eram submetidos.

Esta situação revoltou os marinheiros, que eram obrigados, por seus comandantes, a assistir a todas as punições aplicadas, para que elas servissem de exemplo.

Naquele tempo (a abolição da escravatura estava muito recente), questões como racismo, desigualdades e lutas por direitos, emergiam com efervescência. Para o Movimento Negro, a luta contra o racismo passa fortemente pelo reconhecimento da presença de líderes negros como protagonistas na história do engrandecimento da nação, pela visibilidade dos seus feitos, pelo seu heroísmo.

Assim, os ideais de João Cândido e dos marinheiros serviram de exemplo, a sua luta pelo fim das chibatadas (símbolo da crudelidade do sistema escravocrata), e por direitos humanos, inspiraram a criação de outros movimentos, leis e organismos de defesa dos direitos.

João Cândido lutou contra a opressão, combateu o racismo e seus efeitos e as desigualdades institucionais. E jamais deixou de servir à causas de promoção da vida. Militou em espaços de reflexões de direitos, contribuindo para o bem comum. Morreu pobre, em 1969, com a dignidade de um líder, um mestre sala dos mares.É reconhecido e homenageado em vários lugares do Brasil, e de várias formas. No Rio Grande do Sul (seu Estado Natal) e em São João de Meriti (RJ) (onde viveu até o seu falecimento e aonde vive até hoje, parte de sua família), foram erguidos bustos em tributo à ele. Outros Estados, como São Paulo e Minas Gerais, também têm iniciativas inspiradoras para homenageá-lo. Só em São João de Meriti, RJ, há uma variedade dessas iniciativas, como escolas públicas, ruas, centro culturais, centro de formação, centro de direitos humanos, praças, espaços de leitura e até um Museu (em construção). E tantas outras iniciativas pelo Brasil afora, livros, revistas, filmes sobre sua vida, um Navio batizado com o seu nome.Por tudo isso, e pelo compromisso que cada organização e pessoas presentes na Reunião do dia 14/12/2018 desempenham no dia a dia, que é de lutar pela Defesa dos Direitos Humanos e combater todas as formas de preconceitos, desigualdades e injustiças, ratificamos que, reconhecemos no nome de João Cândido Felisberto, os requisitos necessários para compor a lista de Heróis Nacional, e assim, Manifestamos nosso apoio ao pleito em referência.

Já assinaram o presente Manifesto:

Adriana dos Santos Rodrigues – SUPPIR MeritiAlan Abreu Rodrigues – Capoeira no Coração Aline Machado – Casa da Cultura Ana Lúcia Ferreira (Mãe Lúcia de Oxum) – Ilê Axé Aiabá Omindun Anderson Carlos Nogueira Oriente – Instituto Federal RJ Angélica de Jesus Santos- Professora, Presidente do PT Meriti Antonio Augusto Brás- Professor, Mestre em História e Diretor do Museu Vivo do São Bento Beatriz Rezende – Assistente Social e Secretaria de Formação Política do PT Meriti Bruno Novaes dos Santos – Instituto Fundação Capoeira Carina Ferreira da Silva Terrs – Grupo de Mulheres Yepondá Carlos Eduardo Valdez- Professor Carlos Santana – Professor, Ex Deputado Federal Cíntia Cruz- Jornalista Deiveison Tadeu da Silva – Ministério Público Federal Elói Ferreira de Araújo – Ex Ministro da Igualdade Racial e ex Presidente da Fundação Palmares Ercília Coelho – Associação de Professores e Pesquisadores de História APPH-Clio Ernesto Geisel (Coordenador do movimento Fora da Ordem RJ) Evandro Aleluia, Advogado, Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil Fátima Andrea Monteiro – Coordenadora Estadual do MNU Frei Athaylton Jorge Monteiro Belo (Frei Tatá) – OFM Geraldo Bastos – Diretor Estadual de Cultura do Movimento Negro Unificado Ivanir dos Santos, Babalawô Izaide Ribeiro de Faria - Ministério da Saúde Jaime Azevedo Fialho- membro da Academia de Letras e Artes de São João de Meriti João Alexandre- Secretário de Juventude do PT MERITI, UME- União Meriti de Estudantes João Batista Cordeiros de Carvalho.... Coordenador de Finanças do MNU RJ Jorge Florêncio - Casa da Cultura da Baixada Jose Geraldo Rocha, Professor, Pesquisador na Unigranrio Kátia Maria Costa de Souza – Associação de Amigos do Museu Marinheiro João Cândido Leide Silva- Diretora na Ong Centro Social Phenix Leila Regina Soares – Asses. De Raça e Gênero da Casa da Cultura da Baixada Letícia Oliveira – Casa da Cultura Baixada Manoel Domingues – Liga Meriti e Capoeira no Coração Marcelo Dias – Movimento Negro Unificado Marcelo Rosa – SEMCULDHIR (Sec. Municipal de Cultura, Dir. Humanos e Ig. Racial) Marcos Manhães Marins- Diretor Cinematográfico Marcos Paulo da Silva Góes – Artista Plástico Margareth Veiga Felipe – Casa da Cultura da Baixada Maria da Fé Silva Viana – Pastoral de Combate ao Racismo da Igreja Metodista Nádia Maria – Organização Espaço Feliz Ney Santos –Presidente da Academia de Letras e Artes de São João de Meriti Pedro Rodrigues – Comunidades Eclesiais de Base - São João de Meriti Ricardo Paulino de Oliveira - Carnavalesco Rodney Albuquerque – Pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IFRJ Ronaldo Braga – SEPE Meriti Rosilene Torquato de Oliveira – Coordenadora Nacional dos Agentes de Pastoral Negro Sônia Lage – Conselho Municipal de Igualdade Racial – Comira Thaisa Generoso – Ministério Público Federal Vítor César Silva Soares – Casa da Cultura da Baixada Williann George Lyra- Sociólogo, Coordenador da AMALYRA (Associação Manoel Lyra Zilmar Duarte – Associação de Amigos do Museu Marinheiro João Cândido

ComCausa

André Ceciliano - deputado estadual

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