Um ano após o assassinato de Marielle e Anderson, deputados da Alerj fizeram uma homenagem na ALERJ nesta quarta-feira, 14 de março. Foram colocados na escadaria do Palácio Tiradentes 365 girassóis, representando os dias do ano sem a vereadora, e cartazes com a pergunta “Quem Mandou Matar a Marielle?”.
Ela tinha 38 anos e foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, com 46.502 votos. Socióloga e mestra em Administração Pública, coordenou por anos a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, onde teve uma atuação marcante.
Durante 12 anos a hoje deputada Renata Souza trabalhou ao lado de Marielle. Ela conta que sente falta do cotidiano ao lado daquela que se tornou uma amiga. “Essa mulher era força, ela era gigante. Ela falava e pronto. Ela faz falta todos os dias, principalmente quando a gente pensa como será a nossa ação diante de uma violação. A democracia está fragilizada. Marielle foi morta por sua condição de mulher na política. O que aconteceu com ela foi um feminicídio político e o Estado Brasileiro precisa responder quem mandou matá-la. A democracia merece essa resposta”, desabafou a parlamentar.
Aos 94 anos, a aposentada Maria Soares ainda encontra forças para comparecer às manifestações e homenagens realizadas à Marielle. “Sempre encontrava com ela nas reuniões do movimento negro. No dia seguinte a sua morte fiquei muito comovida e decidi participar de todas as manifestações. O que me trouxe até aqui hoje é o que me motiva sempre, continuar a luta dela”, disse emocionada. Maria afirmou, ainda, que Marielle deixou um legado que os seus assassinos não esperavam. “Eles não queriam matar uma pessoa, mas uma ideia, mas não conseguiram.”
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