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Movimento Punk e Teologia da Libertação


Movimento Punk e Teologia da Libertação: Igualdade Nas Diferenças

Movimento Punk e Teologia da Libertação: Igualdade Nas Diferenças

No encontro que aconteceu em na OAB de Juiz de Fora, MG – Verdade e Justiça – em agosto de 2012, fiquei pensando em cada pessoa que se encontrava ali. Como chegaram até lá, e se de alguma forma acreditavam no que estava sendo falado e, o mais importante, O QUE os levaram a acreditar.

É claro que motivações político-partidária levaram alguns até lá, mas acredito que a formação de cada um é o maior sinal do “Eu me importo”.

O ponto é: de que forma uma pessoa vinda do Movimento Punk e outra, cria da Teologia da Libertação podem convergir no campo das ideias e mais na ainda, na vontade de fazer a diferença em um mundo cheio de desigualdade?

Temas como desigualdade social, massacre de indígenas, Reforma Agrária, corrupção política, a necessidade de políticas publicas que beneficiariam os pobres e marginalizados ao invés de oligarquias e latifundiários, de como o pensamento consumista e “umbigista” (neologismo?) do capitalismo é tão prejudicial ao mundo quanto a poluição desenfreada e a desmatamento destruidor, NÃO eram abordados em sala de aula.

Eram abordadas nas letras de músicas do punk rock nacional, como o Cólera, nos anos 80 e 90 e, segundo Adriano Dias “através das bandas que ainda eram censuradas pela ditadura ou pelo mercado (só quem tinha muito dinheiro podia comprar os discos das bandas alternativas, quase todos importados)”.

Também eram abordadas nas CEB’s (Comunidades Eclesiais de Base), encontros de Grupos Jovens católicos, na Pastoral da Criança, na Pastoral da Terra, na Pastoral da Juventude e até nas homilias de alguns padres mais corajosos, todos influenciados pela Teologia da Libertação. Assim como o Movimento Punk no Brasil sempre falou de uma necessidade de algum tipo de revolução social, como mais igualdade e liberdade. Hoje para mim, talvez tardiamente, o alinhamento de tais pensamentos são indiscutíveis.

O que me faz pensar que, apesar dos julgamentos (ou pré-julgamentos, o que leva a pré-conceitos) da sociedade, os punks e os católicos (ao menos os católicos que se cresceram entres anos 80 e 90) não são tão diferentes assim.

- Alexandre Paiva

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