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Foto:. Personagem Ivana de "A Força do Querer".
A ComCausa vêm parabenizar a Secretaria Municipal de Assistência Social de Mesquita e a Coordenadoria de Diversidade Sexual ao propor capacitação cidadã aos guardas municipais da cidade.
Um exemplo que poderia se estender aos demais municípios da Baixada Fluminense.
Nosso país detém um alto índice de homicídios relativos à população LGBT. Segundo o Grupo GGB - Grupo Gay da Bahia, a homofobia mata uma pessoa a cada 25 horas no Brasil. Infelizmente sabemos que estes números não conferem com a realidade. A falta de registro tipificado, como crime de homofobia, não transparece os números reais. A população de travestis e transexuais correspondeu a 42% das mortes.
Atualmente, na novela “A Força do Querer”, emitida pela Rede Globo, podemos conhecer a personagem Ivana, interpretada por Carol Duarte. Felizmente, em alguns serviços prestados a população, a novela pode mostrar o sofrimento de quem não se identifica com seu corpo. Ela mostra detalhes deste sofrimento com muita precisão e delicadeza, conseguindo explicar de forma impar a confusão metal e emocional de alguém que não se enxerga por trás do reflexo do espelho. E mais, introduzindo a população a sentir e compreender que não se nasce heterossexual ou homossexual, entre outros segmentos. Não é uma questão de escolha.
No caso de Ivana, a questão é de Gênero e não de Sexualidade. Ou seja, ela é sexualmente heterossexual, mas se enxerga como homem.
O mesmo processo acontece com pessoas LGBTs de qualquer vertente. A questão do que é Sexualidade e Gênero foi muito bem tratada no personagem. São coisas que podem e devem ser tratadas separadamente. E é esse mesmo entendimento que devemos passar a diante. Não é uma questão de opção, mas de necessidade. Ninguém nasce gay ou heterossexual porque quer. Apenas é. Caso contrário, a maioria da população, em especial a ocidental, seria de pessoas heterossexuais. Toda nossa criação é voltada para a heterossexualidade. Ainda criança, quando menino, perguntamos se na escola, o mesmo já tem alguma namoradinha. E o contrário da mesma forma.
Neste mesmo viés, quando um município se propõe a capacitar, não apenas guardas municipais, mas pessoas, neste caso, pessoas que são responsáveis pela ordem, o gestor publico entende que a responsabilidade de governar é para todos. Trazer estas questões do tratamento aos munícipes quanto ao Gênero e não apenas Sexualidade, é exercer o mais alto grau de cidadania.
O guarda municipal, assim como qualquer outra pessoa, não é obrigado a achar que ser gay é algo normal. Não estamos impondo as pessoas o que deve ser certo ou errado, aceito ou não aceito. A maior questão aqui é saber como conviver com o diferente, mesmo que este diferente nos pareça estranho. É não se preocupar com que o outro faz com seu corpo, mas cuidar de si mesmos. É saber atender alguém que precisa de ajuda, independente do nome ou da roupa que lhe cabe. Pois no final, não existe privilégios, todos nós pagamos os mesmos impostos.
Leia a matéria no link do Jornal do Brasil.
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