Os policiais militares Antonio Carlos Gonçalves Filho e Márcio Darcy Alves dos Santos foram condenados a 52 anos e 6 meses de reclusão pelas mortes de cinco jovens em Costa Barros em 2015. Também acusado de envolvimento nos crimes, o PM Fábio Pizza Oliveira da Silva foi inocentado, mas o Ministério Público e os assistentes de acusação já recorreram da decisão e o caso será analisado pelo tribunal.
Além da pena pelos cinco homicídios duplamente qualificados, Antonio foi condenado a 8 meses e 5 dias de detenção por fraude processual. O soldado Thiago Resende Viana Barbosa, que também participou da ação abriu mão de seu advogado. Ele será assistido pela Defensoria Pública e um novo julgamento será marcado.
Com mais de 20h de duração, o julgamento começou na manhã desta quinta feira e terminou às 2h14 deste sábado. Foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e sete de defesa. Na sala secreta, os sete jurados responderam 27 quesitos sobre os 9 crimes em análise. Entre eles, se os réus efetuaram os disparos, se houve chance de defesa da vítima e se absolvem os réus.
A acusação ainda refutou a tese da defesa de que os policiais haviam trocado tiros com as vítimas. Após o crime, os PMs apresentaram um revólver calibre 38 na 39ª DP (Pavuna) como prova de que um dos jovens teria atirado contra a equipe. A arma, no entanto, estava quebrada e não podia disparar. Os agentes, então, argumentaram que o revólver teria sido avariado quando caiu da mão do atirador. No entanto, uma perícia feita na arma, em junho, também descartou essa possibilidade.
Os advogados de defesa de dois policiais sustentaram a tese de legítima defesa e que o local onde aconteceu as mortes é domindado pelo tráfico de drogas. Já o advogado do cabo Fabio Pizza Oliveira defendeu que seu cliente não disparou nenhuma vez e, no momento dos tiros, estava abrigado, não vendo a ação.
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