Um mapeamento do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM) apontou que não há centros de atendimento às mulheres vítimas de violência no Centro-Sul e na Costa Verde do Estado. E no total, existem apenas 27 locais para esse tipo de auxilio nos 92 municípios do Rio de Janeiro. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (25/11) durante audiência pública no Palácio Tiradentes, da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), para discutir a crise que atinge os centros especializados no atendimento às mulheres.
“Estamos sobrecarregadas de trabalho. Temos poucos locais para atendimento e que estão sucateados. Não há segurança, nem carros para locomoção para percorrer municípios e atender às mulheres que precisam ir para um abrigo porque correm risco de morrer. É necessário sigilo dessas vítimas e isso não acontece hoje porque não temos viaturas. Já o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) Márcia Lyra, no centro do Rio, que é referencia de atendimento às vítimas no estado, está sucateado há tempos”, destacou Helena Piragibe, presidente do CEDIM. Ela disse ainda que além das péssimas condições no funcionamento no Ciam, há poucos funcionários e falta de capacitação dos profissionais.A superintendente de enfrentamento da violência contra a mulher da Subsecretaria de Políticas para Mulheres, Patrícia Xavier, afirmou que haverá a reforma do prédio do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM) e também do CIAM Márcia Lyra.
“Já foi feita uma vistoria no prédio do CEDIM e no CIAM Márcia Lyra e há um processo para a reforma desses dois locais. Além disso, estamos trabalhando para que o CIAM de Queimados, na Baixada Fluminense, tenha uma casa maior para melhor atender às vítimas do município”, disse Patrícia. Ela acrescentou ainda que em sete anos a subsecretaria de políticas públicas para as mulheres teve 11 mudanças de gestão.
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