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Sobre o Dia das Crianças e a Lei Estadual nº 7.706 de 2017


Nós seres humanos, apenas conseguimos ter consciência da importância de momentos ou fases de nossas vidas quando atravessamos por ela, quando não estamos mais as vivenciando

Quando crianças, não entendemos o quanto está fase pode ser a melhor de nossas vidas. Longe do mundo adulto, não sabemos ao certo a diferença entre o real e a fantasia. E é na fantasia que encontramos o nosso melhor, em nosso refúgio imaginário. Mas é na fantasia que também podemos aprender o que nós somos e o que desejamos ser.

A infância além de ser a melhor fase, sem preocupações e responsabilidades mais complexas, é a fase em que nossa construção emocional é formada. É na primeira infância, até os 06 anos, que a criança cria seu mapa emocional e a afetividade, mesmo que ela não entenda.

Hoje é dia das crianças. No Brasil, escolhido na década de 20, o dia foi uma criação do deputado federal Galdino do Valle Filho para comemorar “um dia de festa”. Os deputados assim aprovaram no dia 12 de outubro e oficializado pelo presidente Arthur Bernardes à época.

Além de pai, penso como parlamentar sobre este dia como um dia que também serve para se avaliar como as políticas voltadas às crianças e adolescentes estão se desenvolvendo no Brasil. Tivemos diversos avanços como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que institui os direitos sociais deste público e da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

Independente de tantos avanços, muitas de nossas crianças e adolescentes estão passando o dia de hoje sem o direito do convívio sadio com seus pais ou mães. Infelizmente ainda existe um distanciamento entre a prática e a norma.

Mesmo com a lei federal da alienação parental n.º 12.318/10, que tipifica e cria mecanismos de equilíbrio entre o convido dos filhos com seus pais, e, a lei federal da guarda compartilhada n.º 13.058/14, que dá o direito as crianças de terem seus genitores em pé de igualdade, ainda existem milhares de crianças afastadas de seus pais.

A falta de conhecimento sobre a prática da alienação alicerça e da continuidade a este tão cruel afastamento familiar. Afastamento que não afeta apenas as crianças, mas causa dor e sofrimento aos pais e familiares vítimas. Não deixando de lado os companheiros de vida destes pais e mães que lutam pelo convivo de seus filhos. Aqueles que presenciam e acompanham a tão devastadora consequência psicologia e emocional de seus companheiros.

Os resultados da prática da alienação parental não podem ser encontrados nas normas técnicas descritas em lei. A Lei Estadual n° 7.706 que institui Campanha Permanente de Combate à Alienação Parental,foi criada por mim pensando no mecanismo de conscientização da população e dos agentes públicos para que estes sejam também aliados nesta luta. A conscientização é o primeiro e o mais importante passo para a mudança.

Por fim, desejo um feliz dia de Nossa Senhora Aparecida, um feliz dia das crianças para todas aquelas que têm o privilégio de terem seus pais em suas presenças e, para os amigos e companheiros de luta que ainda terão a oportunidade de estarem com seus filhos.

- André Ceciliano

Conheça a lei na íntegra: https://goo.gl/uYTY7Z

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